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No início de 2017, a Tema fez uma parceria com o Espaço D’Elas, para construção coletiva do projeto Casa Viva.

O Espaço D’Elas surgiu com a proposta de ser “um espaço de produção e divulgação da Cena Delas, uma cena de protagonismo feminino na economia criativa”. Oferecia oficinas de produção artesanal, espaço para realização de feiras e bazares, sediava a AMAE (Associação de Mulheres Artistas, Empreendedoras e Produtoras Sócio-Culturais), onde seriam “oferecidas às associadas consultorias em empreendedorismo, economia criativa e produção sócio-cultural; sede de loja colaborativa; espaço de acolhimento infantil”.

Além dos projetos citados acima, o Espaço D’Elas também buscava ser “uma casa incubadora de sustentabilidade, abrigando os mais inovadores projetos de permacultura urbana desde o aproveitamento de água, separação do lixo, captação de energia solar, horta urbana etc.” A esta proposta foi dado o nome de Projeto Casa Viva, e foi aqui que entrou a Tema, colaborando desde a justificativa até a concepção e execução das primeiras oficinas.

O projeto proposto pela Tema sugeria intervenções no espaço físico da casa, em busca de “mais verde, vegetação, e (…) maior contato com a natureza, seus recursos e ciclos para suas frequentadoras e frequentadores”. O PROCESSO de transformação e intervenção no espaço foi concebido para que fosse já o próprio início das atividades da Casa Viva, fazendo jus ao nome do projeto. Assim, aos poucos, a casa seria transformada durante as oficinas temáticas propostas, visto que não havia recursos para uma grande obra antes da inauguração do Espaço. A sequência de atividades foi pensada para que os produtos de uma oficina (e também seus resíduos) pudessem ser aproveitados para o início da próxima.

Dentro deste escopo, foram realizadas duas oficinas no Espaço, sendo a primeira uma “Oficina de projeto com vivência/leitura do espaço e introdução a técnicas sustentáveis de manejo da água”, e a segunda uma “Oficina sobre água da chuva com construção de minicisterna”. As oficinas foram realizadas dentro de uma metodologia PBL (Aprendizado Baseado em Problemas), ou “aprender-fazendo”, em que os conteúdos são apresentados sempre vinculados à resolução de problemas que tenham significado para os alunos.

A primeira oficina foi realizada dia 14/1/2017, no dia da inauguração do Espaço, e teve cerca de 2h30 de duração. Foi feita uma introdução a diversas técnicas sustentáveis de manejo da água de chuva, como  técnicas de tratamento de águas servidas, captação e reuso de água de chuva e drenagem natural. Na sequência, foi feita uma leitura e mapeamento do Espaço tendo em vista a questão da água. Por último, foi feito um desenho – um projeto construído coletivamente – para o Espaço, localizando nele os elementos desejados para um melhor manejo das águas.

A segunda oficina, fruto das definições alcançadas na primeira, foi realizada no dia 11/2/2017, e teve aproximadamente 3h de duração. Abordou os conceitos envolvidos na captação e reuso da água da chuva, e a construção de uma minicisterna (projeto de Edison Urbano, disponível na internet no site www.sempresustentavel.com.br) com todos os seus componentes. Foi ministrada em conjunto com André Bacic Olic, bacharel em Agroecologia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sudeste de Minas Gerais.

Foi também entregue, para consolidação do processo, um relatório visual, com as ideias que foram discutidas no grupo da primeira oficina, e sua espacialização, além de outras ideias e soluções propostas pela arquiteta.

Gênero em projetos de re-urbanização e em construção popular


O trabalho apresenta três casos de intervenções urbanísticas em favelas localizadas na periferia de São Paulo, tratando os espaços construídos como reflexo do processo socioeconômico e cultural da população.

Mostra a temática da habitação de interesse social com participação das mulheres, tanto do ponto de vista das usuárias como das técnicas.

Concurso Habitação para Todos


Projeto apresentado para o Concurso Público Nacional de Arquitetura para Novas Tipologias de Habitação de Interesse Social Sustentáveis, promovido pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) e pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) em 2010.

Cada terreno, lugar, situação, clima, relevo, requer um projeto diferente, adaptado à sua realidade.

O projeto apresentado para o concurso busca, dentro da solução de tipologia habitacional (projetos padronizados), criar elementos para buscar diversidade de plantas, implantações na topografia, e soluções urbanísticas. Outra preocupação foi a garantia de boas condições de ventilação, insolação e iluminação naturais, tão importantes para a eficiência energética e para a sustentabilidade.

Por isso, esta proposta apresenta, além das tipologias de apartamentos solicitadas pelo edital, diferentes tipologias de escadas, para que sejam possíveis diferentes combinações destes elementos, e proporciona alternativas de arranjos na implantação. As alternativas de escadas permitem elaborar tipologias adequadas à morfologia do terreno, e melhor relacionadas com o entorno dos empreendimentos, buscando criar um pouco mais de diversidade dentro da padronização.

A proposta de projeto também se pauta em dar um maior conforto para a execução dos serviços domésticos, dando visibilidade a problemas enfrentados no dia a dia das famílias após a entrega dos apartamentos, mas especialmente às funções exercidas pelas mulheres dentro de casa.

As soluções projetuais adotadas também contribuem para a economia de recursos hídricos e energia elétrica.